Claridade (Riley Bloom #1)

Título original: Radiance
Autor: Alyson Noel
Nº de páginas: 140
Preço: 12,90€
Editora: Edições Gailivro
"Bem-vindos ao Aqui & Agora.
Riley Bloom deixou a irmã, Ever, no mundo dos vivos e atravessou a ponte que conduz à vida depois da morte - um local chamado Aqui, onde o tempo é sempre Agora. Acompanhada pelo seu cão, Botão de Ouro, Riley juntou-se aos seus pais e está prestes a instalar-se numa morte agradável e descontraída quando a chamam para comparecer perante o Conselho. Aí, revelam-lhe um segredo - a vida depois da morte não é só uma eternidade de boa vida e Riley tem de trabalhar. Confiam-lhe, nessa altura, uma tarefa, a de ser uma Apanhadora de Almas, e um professor, Bodhi, um rapaz estranho que ela não consegue compreender bem.
Riley regressa à Terra com Bodhi e Botão de Ouro para a sua primeira missão: um Rapaz Luminoso está a assombrar um castelo em Inglaterra há séculos. Muitos Apanhadores de Almas tentaram convencê-lo a passar a ponte e falharam. Mas isso aconteceu antes de ele conhecer Riley..."


Opinião
Este livro veio parar-me às mãos fruto de uma promoção num supermercado. Nunca tinha ouvido falar dele, mas como gostei da sinopse (e da capa, deixei-me desde já dizer-vos) acabei por comprá-lo.

Este livro traz-nos de volta Riley, a irmã de Ever, protagonista da saga Imortais. Riley morreu num acidente de carro, juntamente com os pais e a cadela que adora. Encontra-se agora a viver num local chamado Aqui onde o tempo é sempre Agora. Para entrar neste mundo é preciso atravessar a ponte. Quando pensava que se ia instalar numa morte descontraída e sem preocupações, Riley é chamada para comparecer diante do Conselho: um conjunto de seres que a fazem refletir sobre a sua passagem pelo plano terrestre e lhe atribuem a tarefa de se tornar Apanhadora de Almas.

É aqui que a história verdadeiramente começa. Riley tem como mestre um rapaz chamado Bodhi, que ele rapidamente intitula como o "parvalhão". Bodhi é misterioso e estranho e Riley não consegue perceber se o odeia ou não.

A história é interessante e divertida. A impertinencia de Riley consegue torna-la em algo alegre. No entanto, tenho de admitir que o livro não me agradou como esperava que o tivesse feito. Talvez tenha sido por isso que só lhe dei três estrelas. Não sei bem dizer o que faltou ou o que estava a mais. Talvez seja o facto de ser tudo muito abstrato. Ninguém sabe se existe vida depois da morte e, se existe, ninguém consegue descrever o quê.

O livro é salvo a partir do momento em que Riley começa a "trabalhar" como Apanhadora de Almas e regressa ao plano terrestre. O facto de se passar num cenário que nos é familiar ajudou a tornar a história mais interessante.

Apesar do livro não me ter satisfazido da maneira que eu desejava, parto para a continuação, Luz breve, com a esperança que consiga de algum modo preencher o buraco que falta neste.

Citações
"E agora que já estava instalada, eis que chegava o meu primeiro dia de escola (pois, temos escola Aqui - não é só estarmos nas nuvens a tocar harpa, fiquem sabendo).

"- Demoraste-te tempo demais no plano terrestre - disse o meu pai, a olhar-me da maneira carinhosa como habitualmente me contemplava mas sem esconder a sua preocupação."

"Óptimo! O meu primeiro dia no sétimo ano e fico entregue a Monsieur Parvalhão."

"Chegara o momento.
Era o dia do juízo final.
Era eu contra eles e nada podia fazer."

Personagens
  • Riley Blomm
  • Bodhi
  • Rapazes Luminosos
  • Membros do Conselho
Excerto
A parte mais estranha de morrer é o facto de nada realmente se alterar.
Quer dizer, esperar-se-ia uma grande mudança, certo? Porque morrer... bem, vamos encarar isto de frente: é uma coisa bastante dramática. Dá para escrever canções, histórias e argumentos para filmes. Caramba, até é um tema essencial dos desenhos animados dos domingos de manhã. Mas a questão é esta: não é nada como se vê na televisão.
Nada, mesmo.
Reparem em mim, por exemplo. Eu estou viva... o que é uma prova mortalmente decisiva de que, na realidade, não é assim tão diferente. Ou, pelo menos, não o é no começo. E, pelo menos, da maneira má que, provavelmente, estarão a pensar.
Porque a verdade é que eu até me senti mais viva do que nunca no momento em que morri. Passei a poder saltar mais alto e a correr mais depressa e a atravessar as paredes, se quisesse. E até foi isso que me fez perceber.
A coisa de poder atravessar paredes.
Porque não era como se eu conseguisse fazer este tipo de habilidades de antes e foi por isso que eu percebi que se passava qualquer coisa.
Qualquer coisa de muito sério.

A minha opinião no Goodreads: Claridade
3*

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