Título original: The book thief
Autor: Markus Zuzak
Nº de páginas: 462
Preço: 22,21€
Editora: Editorial Presença
"Esta história decorre em Molching, um pequeno subúrbio de Munique, em 1939, durante a Segunda Guerra Mundial. Na Rua Himmel, vive-se um dia a dia difícil, a escassez de tudo o que é necessário à vida instala-se e os bombardeamentos são cada vez mais frequentes. Mesmo assim ainda há quem não tenha perdido a capacidade de sonhar. A Morte, a narradora omnipresente, cansada de recolher almas, observa com compaixão e fascínio a estranha natureza dos humanos. Através do seu olhar intemporal, seguimos a história da pequena Liesel e dos seus pais adotivos: Hans, o pintor acordeonista, e Rosa, a mulher cujo rosto revela demasiada dureza. Mas há também o pequeno Rudy, cujo herói é o atleta negro, Jesse Owens, e Max, um desconhecido que um dia veio viver na cave da família Hubermann. Max escreveu e ilustrou livros sobre as páginas pintadas de branco de Mein Kampf para os oferecer a Liesel, a rapariga que não resistia a roubá-los e que encontrava neles a força para continuar a viver."
Opinião
Passada duranta a Alemanha nazi, A rapariga que roubava livros é um romance que acompanha a vida dos habitantes da Rua Himmel em Molching, uma cidade nos subúrbios de Munique. Tendo a Morte como narradora, esta vai-nos contando principalmente a história de Liesel Meminger. Liesel é uma menina que um dia foi morar com uma família de acolhimento, os Hubermann. Quando chega a Molching, a menina depara-se com uma mãe dura e rude e um pai completamente diferente da mulher. Durante a viagem, o irmão, que supostamente também iria morar com os Hubermann, acaba por morrer. Por esse motivo, Liesel sente-se atormentada por pesadelos diários. Tendo o desejo de aprender a ler, Liesel aproveita as madrugadas para aprender com a ajuda do pai.
Está dado o mote para a base da história. A vontade de Liesel de ler acaba por fazer com que ela roube alguns livros para satisfazer a sua necessidade de ler.
O livro vai também contando outras histórias, como a do melhor amigo de Liesel, Rudy, e o judeu, Max, que um dia veio morar na cave dos Hubermann.
Foi com alguma curiosidade que abracei este livro narrado pela Morte. Com o seu humor negro, a Morte vai-nos retratando esta maravilhosa história, apesar da "spoilar" um bocadinho.
Gostei muito das relações que Liesel criou com o pai, com Rudy e com Max. São muito reais, cheias de sentimento e de emoção. A menina vê no pai alguém em quem pode confiar acima de tudo. Rudy torna-se no seu melhor amigo e a sua relação consegue proporcionar-nos algumas gargalhadas. Com Max, parecem quase irmão mais velho-irmã mais nova.
Também me agradou o facto de uma grande parte da história ser sobre livros. O satisfação que Liesel tem ao tocar num livro pela primeira vez ou por ler retrata a sensação que alguém que como eu adora ler.
Por fim, queria apenas acrescentar que ainda não consegui superar o final do livro. Pareceu-me um pouco brusco e inesperado e não sei até que ponto encaixa com o resto da história. Para além disso, acaba por deixar muitas pontas soltas levando cada um a interpretar o livro da maneira que lhe parecer mais adequada.
Está dado o mote para a base da história. A vontade de Liesel de ler acaba por fazer com que ela roube alguns livros para satisfazer a sua necessidade de ler.
O livro vai também contando outras histórias, como a do melhor amigo de Liesel, Rudy, e o judeu, Max, que um dia veio morar na cave dos Hubermann.
Foi com alguma curiosidade que abracei este livro narrado pela Morte. Com o seu humor negro, a Morte vai-nos retratando esta maravilhosa história, apesar da "spoilar" um bocadinho.
Gostei muito das relações que Liesel criou com o pai, com Rudy e com Max. São muito reais, cheias de sentimento e de emoção. A menina vê no pai alguém em quem pode confiar acima de tudo. Rudy torna-se no seu melhor amigo e a sua relação consegue proporcionar-nos algumas gargalhadas. Com Max, parecem quase irmão mais velho-irmã mais nova.
Também me agradou o facto de uma grande parte da história ser sobre livros. O satisfação que Liesel tem ao tocar num livro pela primeira vez ou por ler retrata a sensação que alguém que como eu adora ler.
Por fim, queria apenas acrescentar que ainda não consegui superar o final do livro. Pareceu-me um pouco brusco e inesperado e não sei até que ponto encaixa com o resto da história. Para além disso, acaba por deixar muitas pontas soltas levando cada um a interpretar o livro da maneira que lhe parecer mais adequada.
Citações
"A rapariga que roubava livros e o irmão viajavam para Munique, onde em breve seriam entregues a pais de acolhimento. Sabemos agora, é claro, que o rapaz não chegou lá."
"Louco ou não, Rudy esteve sempre destinado a ser o melhor amigo de Liesel. Uma bola de neve na cara é, sem dúvida, o início perfeito para uma amizade duradoura."
"Disse aquilo em voz alta, as palavras distribuídas por uma sala que se encontrava repleta de ar frio e de livros. Livros por toda a parte! Cada parede estava equipada com prateleiras sobrelotadas mas impecáveis. Mal se conseguia ver a pintura. Havia todo o tipo de diferentes estilos e tamanhos de letras nas lombadas dos livros pretos, encarnados, cinzentos, de todas as cores. Era das coisas mais belas que Liesel Meminger já vira."
"Em Novembro de 1940, quando Max Vandenburg chegou à cozinha do 33 da Rua Himmel, tinha vinte e quatro anos. Parecia vergado ao peso da roupa e o cansaço era tanto que um prurido poderia parti-lo em dois. Parara na ombreira da porta, trémulo e abalado."
"Louco ou não, Rudy esteve sempre destinado a ser o melhor amigo de Liesel. Uma bola de neve na cara é, sem dúvida, o início perfeito para uma amizade duradoura."
"Disse aquilo em voz alta, as palavras distribuídas por uma sala que se encontrava repleta de ar frio e de livros. Livros por toda a parte! Cada parede estava equipada com prateleiras sobrelotadas mas impecáveis. Mal se conseguia ver a pintura. Havia todo o tipo de diferentes estilos e tamanhos de letras nas lombadas dos livros pretos, encarnados, cinzentos, de todas as cores. Era das coisas mais belas que Liesel Meminger já vira."
"Em Novembro de 1940, quando Max Vandenburg chegou à cozinha do 33 da Rua Himmel, tinha vinte e quatro anos. Parecia vergado ao peso da roupa e o cansaço era tanto que um prurido poderia parti-lo em dois. Parara na ombreira da porta, trémulo e abalado."
Personagens
- Liesel Meminger
- Rudy Steiner
- Hans Hubermann
- Rosa Hubermann
- Max Vandenburg
- Ilsa Hermann
- Frau Holtzapfel
- Tommy Muller
Excerto
Lê aqui um excerto deste livro.
Adaptação
A minha opinião no Goodreads: A rapariga que roubava livros
5*
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