O Teorema Katherine

Título original: An abundance of Katherines
Autor: John Green
Nº de páginas: 264
Preço: 13,41€
Editora: Asa

"Dezanove foram as vezes que Colin se apaixonou. Das dezanove vezes a rapariga chamava-se Katherine. Não Katie ou Kat, Kittie ou Cathy, e especialmente não Catherine, mas Katherine. E das dezanove vezes, levou com os pés.
Desde que tinha idade suficiente para se sentir atraído por uma rapariga, Colin, ex-menino prodígio, talvez génio matemático, talvez não, doido por anagramas, saiu com dezanove Katherines. E todas o deixaram. Então ele decide inventar um teorema que prevê o resultado de qualquer relacionamento amoroso. E evitar, se possível, ter o coração novamente destroçado. Tudo isso no decurso de um verão glorioso passado com o seu amigo Hassan a descobrir novos lugares, pessoas estranhas de todas as idades e raparigas especiais que têm a grande vantagem de não se chamarem Katherine."

Opinião
Colin é um jovem prodígio que está a passar por um período de depressão após ter sido deixado pelo 19º rapariga. O tipo de raparigas de Colin não são altas, ou magras, ou loiras, ou etc. São raparigas chamadas Katherine. Desde que haja uma Katherine por perto que a sua cabeça desliga completamente.

Durante este período de depressão, o melhor amigo de Colin, Hassan, convence-o a irem fazer uma viagem pelo país. De mochila às costas e a bordo da Corneta do Diabo, o carro que vão utilizar, Colin e Hassan embarcam na aventura das suas vidas.


Ao passarem por uma placa que afirma que o arquiduque Francisco Fernando está enterrado numa terra do interior do Tennessee, Colin e Hassan decidem fazer um desvio para visitar a sepultura. É aí que Colin conhece a simpática e divertida Lindsey, a guia da visita à sepultura.


Enquanto fazem a visita à campa, Colin cai. Quando está estatelado no chão tem o princípio do seu momento Eureka: Colin decide que vai criar um teorema matemático que tem como objetivo prever as relações.


Colin e Hassan acabam por ficar junto de Lindsey e por trabalhar para a mãe desta, Holly, e é aqui que o enredo começa.


Conhecendo John Green por ter lido Cidades de Papel, confesso que este livro ficou um bocadinho (muito pequeno) a baixo das minhas espetativas. Não sei se foi por estar à espera de algo diferente ou por outro motivo qualquer, mas a verdade é que não gostei tanto deste livro como do outro (atenção, um livro menos bom do John Green equivale a um livro normal da maior parte dos autores, por isso não deixem de ler porque continua a ser brilhante). Faltou qualquer coisa. Parece que toda a ação se desenvolveu de uma forma demasiado rápida. Ainda não tinha acontecido quase nada e já estávamos quase a chegar ao fim.


Confesso que estava à espera de muita mais matemática do que aquela que apareceu. Esperava que o livro fosse muito à base desta disciplina e que tivesse muitas fórmulas e muitos números. Não me interpretem mal, eu estou na área de ciências e tenho que levar com a matemática quase todos os dias e estava a fazer-me uma certa confusão o facto do livro ser sobre um teorema. Mas muito pelo contrário, a matemática, apesar de estar presente, é fácil de perceber, muito graças ao apêndice que está no final do livro e que explica todas as fórmulas de forma bastante simples e que toda a gente percebe.


Ao longo do livro tanbém encontramos muitas notas explicativas. Estas notas ajudam-nos a perceber melhor a história e algumas delas são bastante divertidas.


Não podia também deixar passar o bom humor de John Green, que conseguiu escrever uma história com momentos que nos conseguem fazer soltar uma boa gargalhada.


Por último, acho que a principal mensagem deste livro (pelo menos a que eu consegui tirar) é que todos temos a capacidade de mudar o mundo se quisermos. Não pudemos é ficar sentados de braços cruzados à espera que esse momento caia do céu. Há que lutar e trabalhar para o conseguir.


Citações
"- Uma viagem de carro - disse Colin."

"- Viste aquele cartaz? - perguntou.
- Qual cartaz?
- O que falava sobre a sepultura do arquiduque Francisco Fernando.
Sem olhar para a estrada, Hassan virou-se para Colin com um sorriso de orelha a orelha e deu-lhe uma leve pancada no ombro.
- Excelente. Excelente. E, de qualquer forma, já é hora de almoço."

"A rapariga voltou a sorrir. Colin só pensava nele próprio, na K-19 e no pedaço da sua barriga que lhe fora tirado - contudo, não podia deixar de reparar no sorriso dela. Um sorriso capaz de acabar com guerras e curar o cancro."

" A moral da história é não nos lembrarmos do que aconteceu. Aquilo de que nos lembramos transformar-se no que aconteceu. A segunda moral da história, se é que as histórias podem ter várias morais, é que as pessoas que são deixadas não são intrinsecamente piores do que as pessoas que deixam. Terminar uma relação não é algo que nos fazem, é algo que simplesmente nos acontece."

Personagens
  • Colin Singleton
  • Hassan
  • Lindsey Lee Wells
  • Hollis Wells
  • Katherine-19
  • Outras Katherines
  • O outro Colin

Excerto
Lê aqui um excerto deste livro.

A minha opinião no Goodreads: O teorema de Katherine

4*

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