Estou deitada na cama do meu quarto. Mas consigo ouvir o som da tua voz abafada pelas portas fechadas. Falas do futuro.
Ultimamente não há outro tema de conversa que não seja esse. Mas parece que tentas esconde-lo de mim. Falas do futuro baixinho, porque me conheces. Ou talvez não.
Se me conhecesses, sabias que não me importo com o que aí vem. A minha frase de vida é "o ontem é história, o amanhã é um mistério, mas hoje é uma dádiva, por isso é que se chama presente".
Posso parecer parva ao falar assim, quantas pessoas da minha idade não pensam a longo prazo nas suas vidas? Eu também penso a longo prazo. Eu também tenho sonhos que quero ver realizados, lugares que quero visitar, coisas que quero experimentar. Mas não defino a minha vida com base nesse futuro, algo ainda tão longinquo.
Se tenho medo desse futuro? Uma vez disseram-me que se os meus sonhos não me assustavam era porque não eram grandes o suficiente. Por isso sim, o futuro assusta-me. Porque nele estão contidos os meus sonhos. Mas não me assusta o futuro em si. Assusta-me a possibilidade de não ter tempo ou força suficientes para cumprir esses sonhos.
Tento não pensar nisso. Tento viver a vida, um dia de cada vez, passo por passo, conquista por conquista.
Porque eu também quero conquistas. Mas as que realmente me importam são aquelas conquistas diárias, aquelas que quando o mundo acabar para mim já ninguém se vai lembrar.
Por isso, carpe diem para todos e principalmente para ti.
Comentários
Enviar um comentário